I
Avisto a cabana, ainda longe, do alto do monte e parece-me ver a porta aberta. Apresso o passo. Lanço-me de seguida numa corrida desenfreada por entre os arbustos; apanho uns arranhões aqui, umas tropeçadelas mais à frente,... Chegando finalmente ao meu destino. Não só está a porta escancarada como vem um ruído do interior. Hesito, pela minha cabeça passam mil uma cenas - umas possíveis, outras nem tanto -. Decido-me por fim a chamar:
- Há alguém, aí dentro?!
Um silêncio perturbador apoderou-se instantaneamente daquele aprasível espaço. Aguardei mais alguns segundos e repeti, agora num tom mais calmo:
- Quem está aí? Responda-me, vou entrar...
Ouvia somente os meus passos a pisar a palha seca que horas antes havia espalhado pelo chão daquele aposento e, pé ante pé, fui avançando, sempre de ouvidos e olhos bem abertos.
GM Lanterna Romântica 03-04-2012
Sem comentários:
Enviar um comentário